domingo, 11 de dezembro de 2011

Cogumelo nocturno

Digital, 12-24mm, tripé e cabo disparador

Por diversas vezes que realizei imagens nocturnas de cogumelos e nem sempre se consegue o resultado pretendido. Nesta tentei fazer com poucos segundos aumentando o Iso, iluminando o sujeito lateralmente. O tripé teve que ser um Jobo articulado para conseguir ficar ao nível do cogumelo. 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Cogumelo

Digital,105mm, lanterna

O Outono representa uma mudança nas nossas florestas, onde a tonalidade de diversas cores oferece um espectáculo único. Nestes últimos dias, tenho aproveitado para fotografar todo o esplendor desta magnifica estação do ano.  Cogumelos, folhas e uma grande diversidade de bons motivos fotográficos, tem sido a minha aposta. Esta imagem de um minúsculo cogumelo foi fotografada na Serra do Caramulo. Com o tempo húmido e com alguma chuva, aproveitei as gotas das folhas para dar este efeito na imagem, com o auxílio de uma lanterna. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Serra da Arada

Digital,105mm e tripé.

Com os primeiros nevões no norte e centro do país, é altura de ir para o campo e desfrutar deste ambiente extraordinário. Alguns dos cuidados a ter, sobretudo com o material fotográfico, é as possíveis condensações, devido à mudança de temperaturas repentinas. Esta imagem foi realizada na Serra da Arada, após algumas horas de caminhada. Tinha como grande objectivo elaborar imagens de pequenos detalhes, mais abstractos para o projecto Natureza Íntima.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Licranço

Digital, 105mm, Iso 500

 A fotografia de macro, sempre foi uma técnica que adorei explorar. Fotografar pequenos seres vivos, ou detalhes mais abstractos podem proporcionar imagens de grande beleza. Sempre que lia algo sobre este tipo de fotografia, quase sempre a macro era associada a imagens com grande profundidade de campo e que se devia sempre trabalhar com f/11 ou f/22. Discordo desta “regra” pois, eu para obter alguns resultados neste tipo de imagem, se utilizasse esta técnica era impossível ter os resultados que pretendia. Na minha opinião as regras são criadas pela visão e criatividade de cada fotógrafo. Nesta imagem o objectivo era ter desfoque para salientar os olhos do Licranço, e para isso é fundamental trabalhar com f/2.8 ou f/4 e no máximo em f/6.3

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Parque Natural de Montesinho

Digital, 105mm, Imagem Panorâmica

O meu recente projecto editorial, Natureza Íntima, será apresentado em Ovar no Ambiente Imagens Dispersas 2011, no “Ciclone” de conferências organizadas pela associação Amigos do Cáster. Pretende-se mostrar vários aspectos da elaboração de um projecto editorial e abordar algumas histórias (Dificuldades, métodos, etc.) sobre as imagens editadas no livro. “RIOS, um Património Único” será outra das apresentações. Aqui irei exibir um percurso fotográfico sobre este valioso ecossistema, onde falarei no meu novo projecto.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Natureza Íntima

Capa- Natureza Íntima

 Já está disponível no mercado o novo livro Natureza Íntima. Este novo projecto retrata a natureza ao longo das quatro estações do ano, não como um catálogo, mas como contemplo a natureza e o meu ponto de vista fotográfico.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Guarda-rios

Digital,12-24mm, tripé, redes e controlo remoto

Como já tinha realizado inúmeras imagens de Guarda-rios, decidi abordar esta ave numa outra visão. Antes de iníciar a parte fotográfica, escolhi o local onde o ambiente fosse agradável e que tivesse algum impacto na imagem final. Estudei dois locais, onde coloquei dois pousos para a ave se habituar a frequentar. O meu objectivo era fotografar a ave no seu ambiente e para isso era necessário uma lente grande-angular e claro, obrigatoriamente usar controlo remoto. Nas primeiras experiências não foi fácil, pois em muitos casos falha-se devido ao foco ou, a ave não ficou onde se pretende. Por fim, numa sessão fiz mais de uma centena de imagens com a ave a colaborar.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Libélula

Digital,105mm

Por detrás de cada imagem existe sempre uma história. Ou foi por mero acaso que conseguimos a fotografia ou foi planeada e estudada para ser concretizada. Quando fazia um trabalho que na altura, o objectivo era uma reportagem para uma publicação, tento sempre elaborar ou planear uma imagem ou um trabalho fotográfico. Neste caso, um hábito meu, é fazer uma pesquisa (revistas, livros ou Web) sobre o que existe de determinada espécie ou matéria. Melhorar certos aspectos ou tentar ser criativo sobre aquilo que analisei é o que tento elaborar. Fazer um simples registo não é o que pretendo mas sim trabalhar a luz e a composição e procurar planos diferentes do habitual. Neste caso uma preocupação e pode levar dias a “estudar” é analisar a luz do local, ver o comportamento das espécies “alvo”, bem como uma serie de factores que podem ser decisivos no resultado final. Claro, é um investimento na qualidade que nem sempre é valorizado por quem decide, infelizmente acontece muito. Esta imagem de uma vulgar libélula foi fotografada logo nas primeiras luzes do dia  para conseguir os reflexos e toda a cor da margem do ribeiro. Neste caso, mais uns minutos posteriormente, o resultado já não seria o desejado e a fotografia ficaria completamente diferente.

domingo, 2 de outubro de 2011

Víbora-cornuda

Digital,105mm e reflector
Em muitas saídas de campo que realizo, por norma efectuo um plano. O que pretendo fotografar, o ambiente, a luz entre outros factores. No Verão tento fazer imagens de alguns animais que noutra altura do ano serão, em alguns casos “impossíveis” de observar, como é o caso dos répteis. Nestas saídas existem sempre alguns detalhes importantes. Durante o período da manhã ou no final do dia e em alguns casos durante a noite são os momentos mais indicados para fotografar estes seres vivos. Em primeiro porque a sua actividade está mais lenta, o que nos pode proporcionar mais facilidade em fotografar e obter outros detalhes impossíveis noutras circunstâncias como, temperaturas mais elevadas. Neste caso, esta víbora encontrada dissimulada num amontoado de pedra, confiou no seu mimetismo e com algum cuidado consegui planos frontais, que neste caso teriam que ser cautelosos. Aqui pretendia apenas o local de foco nos olhos e com aberturas de f/3.5 ou f/5 tudo o resto ficava desfocado, para realçar apenas estes olhos “mágicos”. O Pára-sol acaba por ser um grande aliado em caso de “ataque” do nosso protagonista já que, a nossa aproximação para este tipo de imagem é necessária, dependendo sempre da lente que se usa, que no meu caso varia entre 105mm ou 90mm.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Rã-ibérica

Digital, 105mm
Para muitos fotógrafos, o interessante é fazer grandes planos, não digo que não seja agradável, claro que é, mas, ter outro ambiente, trabalhar a luz, a composição, sem dúvida que vai valorizar muito mais a imagem. Esta fotografia, o que me agradou foi a luz e o mimetismo desta pequena Rã-ibérica, no seu ambiente. Aproveitei a luz matinal que com suavidade penetrava no leito do rio Couto em plena Serra do Caramulo. Sem tripé fui obrigado a utilizar um Iso mais elevado (640Iso), para ter velocidades superiores a 1/125 para evitar imagens tremidas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Melro-de-água

Digital,300mm, tripé, cabo disparador e abrigo

Esta ave, umas das minhas preferidas, é típica de rios de montanha, onde é fundamental a água ser cristalina e ausente de poluição. Na saída de campo que realizei, em 2010, dediquei vários dias a tentar captar imagens de vários ângulos e de novas perspectivas desta bela ave. Neste caso e referente a esta imagem, a dificuldade era “congelar” a ave, pois os seus movimentos constantes dificultavam o que eu pretendia. O meu objectivo era obter o arrasto da água e para isso era fundamental utilizar velocidades inferiores a 1/50. Para ter a ave no seu ambiente utilizei uma lente 300mm e foi imprescindível o tripé e um cabo disparador. Outro aspecto importante e para este tipo de imagens, era a ausência de luz directa no local e neste caso fui obrigado a estudar as melhor hora do dia para realizar este trabalho. 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Víbora-de-seoane

Digital, lente 105mm, 2 flashes, cabo de sincronização e lanterna
No mundo da fotografia de natureza, para além do trabalho necessário no terreno, pesquisa de dados, quer em livros ou na Web, existe outro factor muito importante, que é a colaboração de biólogos, naturalistas, amigos e outros fotógrafos de natureza. Esta partilha, quer de ideias, quer de informação sobre determinada espécie, pode ser em muitos casos crucial para o êxito na parte fotográfica. Esta imagem, da escassa Víbora-de-seoane, apenas presente em Portugal no Parque Nacional da Peneda Gerês, é um bom exemplo desta colaboração. Graças às indicações do Biólogo Armando Loureiro e depois o trabalho de prospecção no terreno em Castro Laboreiro, do amigo Gonçalo Rosa, só assim foi possível da minha parte realizar imagens desta espécie. Para fotografar este animal, para além de diversas visões fotográficas que realizei, tentei obter um plano menos vulgar, neste caso uma imagem com a lua em pano de fundo. Para conseguir este resultado foi fundamental utilizar uma abertura f/3.2, dois flashes (em modo M) laterais e disparo à cortina traseira.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Melro-azul

Digital, lente 500mm, tripé e abrigo

Para fotografar esta bela ave, escolhi uma região onde o ambiente podia ser muito benéfico no resultado final. Conhecia bem o local e era praticamente em “casa”, em pleno coração da serra Arada. Investi muito tempo na observação detalhada desta ave, no seu comportamento, nos poisos que era habitual entoar o seu canto e mais tarde na descoberta do local de cria. Neste caso é fundamental conhecer os hábitos do nosso protagonista, pois a probabilidade de obter imagens com mais impacto é mais forte. Durante alguns dias a minha dedicação foi unicamente “estudar” o ambiente e ver as horas de melhor luz. Depois de ter a lição bem preparada, seguiu-se a parte fotográfica, com a escolha do local para a montagem do abrigo. Durante a manhã decidi não fazer nenhuma sessão fotográfica, pois o local tinha sombras bem acentuadas, o que não beneficiava nada a imagem.  Durante duas semanas realizei centenas de imagens, onde tentava sempre fazer algo diferente das sessões anteriores, como alterar o fundo, e trabalhar a luz em diferentes horas do dia. Nesta imagem, o macho “observa-me” antes de entrar na sua “ casa” onde as crias esperam ansiosas por mais uma refeição. Aqui tentei ter uma visão apenas jogando com o desfoque (f/5.6) do primeiro plano.

sábado, 10 de setembro de 2011

Cabra-montês

Digital, lente 12-24mm, filtro e tripé
Novembro de 2010. O meu grande objectivo desta saída de campo, em pleno coração do Parque Nacional da Peneda Gerês, era a realização de imagens para o projecto editorial” Natureza Íntima”. Já levava a lição um pouco estudada, relativamente à Cabra-montês e já sabia o que pretendia fazer a nível fotográfico, claro, só precisava da “ colaboração” deste belo mamífero. A zona onde se encontra esta população de Cabras surpreendeu-me pela sua grandeza e beleza. O terreno de acentuado relevo, dificultou a prospecção, além do clima extremamente frio e com alguma chuva e neblina.

 Digital, lente 500mm, cabo disparador e tripé
Na mochila, levava apenas o essencial no que diz respeito ao material fotográfico, uma câmara, lentes 500mm, 105mm, 12-24mm e uma 50mm, para além do cabo disparador, tripé e filtros. Mesmo assim ao fim de algumas horas de caminhada, o peso fazia-se sentir. Depois de algumas horas sem ver os animais, finalmente o primeiro contacto visual. Nesta altura, e quando vi o primeiro grupo de cabras, no seu ambiente natural, tentei não apenas fazer grandes planos, mas sim imagens destes belos mamíferos inseridos no seu soberbo habitat natural, já que a grandiosidade desta região era uma mais-valia no resultado final.



domingo, 4 de setembro de 2011

Vibora-cornuda


Depois de cinco anos a partilhar semanalmente imagens, inicio um novo ciclo onde, o grande objectivo é descrever como realizo o meu trabalho em relação a cada fotografia.
No meu caso, e quando inicio um novo projecto fotográfico, tenho os meus métodos, objectivos e o material fotográfico que utilizo. É todo este processo que pretendo partilhar com os seguidores deste espaço.
Aproveito para agradecer todos os comentários e visitas que ao longo de cinco anos deixaram no Blog. Espero que continuem a visitar este local, onde a fotografia de natureza pretende ser um meio de divulgação do nosso rico património natural.