quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Rã-ibérica

Digital, 105mm
Para muitos fotógrafos, o interessante é fazer grandes planos, não digo que não seja agradável, claro que é, mas, ter outro ambiente, trabalhar a luz, a composição, sem dúvida que vai valorizar muito mais a imagem. Esta fotografia, o que me agradou foi a luz e o mimetismo desta pequena Rã-ibérica, no seu ambiente. Aproveitei a luz matinal que com suavidade penetrava no leito do rio Couto em plena Serra do Caramulo. Sem tripé fui obrigado a utilizar um Iso mais elevado (640Iso), para ter velocidades superiores a 1/125 para evitar imagens tremidas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Melro-de-água

Digital,300mm, tripé, cabo disparador e abrigo

Esta ave, umas das minhas preferidas, é típica de rios de montanha, onde é fundamental a água ser cristalina e ausente de poluição. Na saída de campo que realizei, em 2010, dediquei vários dias a tentar captar imagens de vários ângulos e de novas perspectivas desta bela ave. Neste caso e referente a esta imagem, a dificuldade era “congelar” a ave, pois os seus movimentos constantes dificultavam o que eu pretendia. O meu objectivo era obter o arrasto da água e para isso era fundamental utilizar velocidades inferiores a 1/50. Para ter a ave no seu ambiente utilizei uma lente 300mm e foi imprescindível o tripé e um cabo disparador. Outro aspecto importante e para este tipo de imagens, era a ausência de luz directa no local e neste caso fui obrigado a estudar as melhor hora do dia para realizar este trabalho. 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Víbora-de-seoane

Digital, lente 105mm, 2 flashes, cabo de sincronização e lanterna
No mundo da fotografia de natureza, para além do trabalho necessário no terreno, pesquisa de dados, quer em livros ou na Web, existe outro factor muito importante, que é a colaboração de biólogos, naturalistas, amigos e outros fotógrafos de natureza. Esta partilha, quer de ideias, quer de informação sobre determinada espécie, pode ser em muitos casos crucial para o êxito na parte fotográfica. Esta imagem, da escassa Víbora-de-seoane, apenas presente em Portugal no Parque Nacional da Peneda Gerês, é um bom exemplo desta colaboração. Graças às indicações do Biólogo Armando Loureiro e depois o trabalho de prospecção no terreno em Castro Laboreiro, do amigo Gonçalo Rosa, só assim foi possível da minha parte realizar imagens desta espécie. Para fotografar este animal, para além de diversas visões fotográficas que realizei, tentei obter um plano menos vulgar, neste caso uma imagem com a lua em pano de fundo. Para conseguir este resultado foi fundamental utilizar uma abertura f/3.2, dois flashes (em modo M) laterais e disparo à cortina traseira.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Melro-azul

Digital, lente 500mm, tripé e abrigo

Para fotografar esta bela ave, escolhi uma região onde o ambiente podia ser muito benéfico no resultado final. Conhecia bem o local e era praticamente em “casa”, em pleno coração da serra Arada. Investi muito tempo na observação detalhada desta ave, no seu comportamento, nos poisos que era habitual entoar o seu canto e mais tarde na descoberta do local de cria. Neste caso é fundamental conhecer os hábitos do nosso protagonista, pois a probabilidade de obter imagens com mais impacto é mais forte. Durante alguns dias a minha dedicação foi unicamente “estudar” o ambiente e ver as horas de melhor luz. Depois de ter a lição bem preparada, seguiu-se a parte fotográfica, com a escolha do local para a montagem do abrigo. Durante a manhã decidi não fazer nenhuma sessão fotográfica, pois o local tinha sombras bem acentuadas, o que não beneficiava nada a imagem.  Durante duas semanas realizei centenas de imagens, onde tentava sempre fazer algo diferente das sessões anteriores, como alterar o fundo, e trabalhar a luz em diferentes horas do dia. Nesta imagem, o macho “observa-me” antes de entrar na sua “ casa” onde as crias esperam ansiosas por mais uma refeição. Aqui tentei ter uma visão apenas jogando com o desfoque (f/5.6) do primeiro plano.

sábado, 10 de setembro de 2011

Cabra-montês

Digital, lente 12-24mm, filtro e tripé
Novembro de 2010. O meu grande objectivo desta saída de campo, em pleno coração do Parque Nacional da Peneda Gerês, era a realização de imagens para o projecto editorial” Natureza Íntima”. Já levava a lição um pouco estudada, relativamente à Cabra-montês e já sabia o que pretendia fazer a nível fotográfico, claro, só precisava da “ colaboração” deste belo mamífero. A zona onde se encontra esta população de Cabras surpreendeu-me pela sua grandeza e beleza. O terreno de acentuado relevo, dificultou a prospecção, além do clima extremamente frio e com alguma chuva e neblina.

 Digital, lente 500mm, cabo disparador e tripé
Na mochila, levava apenas o essencial no que diz respeito ao material fotográfico, uma câmara, lentes 500mm, 105mm, 12-24mm e uma 50mm, para além do cabo disparador, tripé e filtros. Mesmo assim ao fim de algumas horas de caminhada, o peso fazia-se sentir. Depois de algumas horas sem ver os animais, finalmente o primeiro contacto visual. Nesta altura, e quando vi o primeiro grupo de cabras, no seu ambiente natural, tentei não apenas fazer grandes planos, mas sim imagens destes belos mamíferos inseridos no seu soberbo habitat natural, já que a grandiosidade desta região era uma mais-valia no resultado final.



domingo, 4 de setembro de 2011

Vibora-cornuda


Depois de cinco anos a partilhar semanalmente imagens, inicio um novo ciclo onde, o grande objectivo é descrever como realizo o meu trabalho em relação a cada fotografia.
No meu caso, e quando inicio um novo projecto fotográfico, tenho os meus métodos, objectivos e o material fotográfico que utilizo. É todo este processo que pretendo partilhar com os seguidores deste espaço.
Aproveito para agradecer todos os comentários e visitas que ao longo de cinco anos deixaram no Blog. Espero que continuem a visitar este local, onde a fotografia de natureza pretende ser um meio de divulgação do nosso rico património natural.